Artigo de Silvia Luiz, Empreendedora do Clube Mulheres de Negócios em Língua Portuguesa. Foto Canva
Você já parou para pensar o que é a inteligência?
Como a maioria dos conceitos, a inteligência é um daqueles bastante questionados e em constante evolução.
No século XX, falava-se de Quociente de Inteligência (QI), que avalia e mede a capacidade cognitiva do ser humano em relação a sua faixa etária, definindo parâmetros de rebaixamento, normalidade e superdotação. O método tradicional de aprendizagem é até hoje reforçado por este conceito.
Com o passar do tempo este conceito passou a ser questionado e Gardner apresentou a teoria das Inteligências Múltiplas. Ele defendia que cada indivíduo tem uma forma de compreender e se expressar de acordo com suas características pessoais.
Lógica/Matemática – capacidade para organizar e sistematizar.
Linguística – habilidade para lidar com palavras na forma escrita ou verbal.
Espacial – capacidade para determinar dimensão e locomoção.
Musical – habilidade para identificar e reproduzir sons diversos.
Interpessoal – capacidade para entender o outro e estabelecer empatia
Intrapessoal – habilidade para autoconhecimento
Naturalista – capacidade para compreender as relações com o mundo
Corporal / Cinestésica – habilidade para realizar e compreender movimentos corporais.
Assim a forma tradicional de ensino passou a ser questionada por não considerar as diferentes formas de aprendizado. Metodologias diferentes foram valorizadas e tomaram corpo, sem, no entanto, modificar o ensino tradicional.
Em 1995 Daniel Goleman trouxe à tona o conceito de Inteligência Emocional, defendendo que o ser humano é movido primeiro por emoções e depois pela razão, para tanto se faz necessário o desenvolvimento cognitivo e o emocional do indivíduo para que ele expresse suas capacidades, considerando as seguintes dimensões:
a) Autoconsciência – ser capaz de conhecer as próprias emoções, forças, fraquezas, impulsos, valores e objetivos e reconhecer seu impacto sobre os outros enquanto usa a intuição para orientar as decisões;
b) Habilidade social – ser capaz de gerenciar relacionamentos para motivar as pessoas na direção desejada.
c) Automotivação – ter a atitude e iniciativa para desenvolver ações que direcionem para seus objetivos;
d) Empatia – entender que as pessoas têm formas diferentes de ver as situações, e, portanto, considerar o impacto que suas ações podem causar;
e) Autocontrole – ser capaz de identificar as emoções que está sentindo e controlar ou redirecionar seus impulsos adaptando-se a mudanças, sendo assim mais assertivo em suas ações.
Em resumo, agir com Inteligência é a capacidade de conhecer as próprias emoções; controlar essas emoções e seus impulsos; ter a habilidade de manter-se motivado; possuir a capacidade de entender e compreender que o outro e seu mundo interior é diferente do seu, gerando uma alta capacidade de empatia; e por toda empatia, ter uma habilidade de lidar com o outro de maneira simples, objetiva e aberta.
Considerando que as emoções movem as pessoas, e que as pessoas geram resultados, a #Inteligência #Emocional passou a ser um diferencial na performance da vida pessoal e profissional, em especial em função das rápidas e constantes mudanças globais.
No mundo dos negócios, o conhecimento técnico e conceitual passou a ter menos valor uma vez que estes podem ser desenvolvidos de formas diversas e mais rápida, enquanto a capacidade de desenvolver parcerias para solucionar problemas, criar soluções e relacionar-se em diversos níveis, é algo mais complexo de desenvolver.
A Inteligência Emocional é essencial neste momento de mercado em que nos encontramos, no qual a economia colaborativa surge como aliada para o desenvolvimento sustentável dos negócios.
Então que tal voltar sua atenção para isto?
Por Silvia Luiz, Mentora de Negócios e Carreiras, Embaixadora do Clube Mulheres de Negócios de Portugal e Membro do Comitê de Saúde Emocional.
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