Autora: Renata Muniz
O Marketing Digital trouxe uma mudança de valores e de comportamento entre os consumidores, o que vem obrigando as marcas a se posicionarem de forma diferente da que vinha tendo nos últimos 10 anos.
Acelerada pela pandemia do novo coronavírus, que provocou isolamento social e em algumas cidades, a mudança de comportamento dos consumidores trouxe à tona a fragilidade de algumas marcas, enquanto outras mostraram o potencial de se reinventarem, passando a atuar em canais até então deixados de lado, pois “se garantiam” na presença física e na força de suas equipes de vendas.
Em um mundo altamente conectado, os consumidores buscam o que querem por meio de diferentes canais, um dos desafios para marcas e empresas é integrar elementos on-line e off-line à experiência total do cliente.
Acreditamos que o marketing centrado no ser humano ainda é a chave para desenvolver a atração da marca na era digital, já que marcas com uma personalidade humana serão possivelmente mais diferenciadas. O processo começa liberando as ansiedades e os desejos mais profundos dos consumidores. Requer uma escuta empática e uma pesquisa imersiva naquilo que se conhece como antropologia digital. Uma vez que o lado humano dos consumidores foi revelado, é hora das marcas também revelarem seu lado humano. As marcas precisam demonstrar atributos humanos capazes de atrair consumidores e desenvolver conexões de pessoa a pessoa.1
E como construir uma marca forte e sustentável em meio a tantos desafios? O ponto de partida é iniciar um processo de posicionamento, construindo uma proposta de valor para o produto ou serviços e se diferenciando na mente dos consumidores. Mas não basta apenas anunciar os diferenciais da marca, é imprescindível que eles sejam efetivamente entregues aos consumidores.
Apesar da facilidade de encontrar as informações de que precisam sobre uma marca, produto ou serviço, os consumidores confiam, mais do que nunca, em outras pessoas, em especial, na experiência que elas tiveram com determinada marca. Assim, é fundamental que haja uma coerência entre discurso e prática, de forma a transformar o consumidor em verdadeiros advogados da marca.
Em um mundo “FIGITAL” (físico, digital e social), altamente veloz e interconectado, no qual, de um lado, os consumidores são empoderados e assumem voz ativa e, de outro, as pessoas passam a exercer o papel de criadores de conteúdo, as escolhas acertadas do marketing passam a ter uma importância ainda maior, sobretudo pela dificuldade em de “apagar” decisões equivocadas. Boas escolhas (e averiguações prévias) quanto aos novos “formadores de opinião” são essenciais para a reputação das marcas.2
Cada vez mais, temos a certeza de que apenas estar no mercado com produtos e serviços de qualidade, conquistando market share e se diferenciando entre os seus concorrentes apenas pela “força da marca”, não basta. É preciso muito mais.
Renata Muniz é Consultora de Marketing na RM Consultoria em Marketing, especialista em comunicação e marketing digital, Facilitadora do Programa Empreender Feminino.
Referências Bibliográficas
Marketing 4.0 - Philip Kotler, Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan
Empreendedorismo Sustentável - Estela Najberg (Autor), Marcelo Ferreira Tete (Autor), Marcos Martins Borges (Autor), Maria Salete Batista Freitag (Autor), Ricardo Limongi (Autor), Vicente da Rocha Soares Ferreira (Autor), Cândido Borges (Compilador)
コメント